Resumo

Introdução: O acidente vascular cerebral (AVC), ou acidente vascular encefálico (AVE), também conhecido como derrame cerebral, é caracterizado pela perda rápida de função neurológica, decorrente do entupimento pela interrupção da irrigação sanguínea das estruturas do encéfalo ou rompimento fazendo com que o sangue que sustenta o cérebro com oxigênio e glicose, transportados pelos vasos sanguíneos cerebrais, deixem de atingir a região, ocasionando a perda da funcionalidade dos neurônios. Objetivo: Este trabalho pretende demonstrar uma metodologia para acompanhar o trabalho de recuperação pós-AVC e verificar as possíveis alterações nos parâmetros de qualidade geral de vida, através dos sinais vitais e dosagens bioquímicas desses indivíduos, após a realização de um programa regular de atividades físicas e recreativas. Materiais e Métodos: Foram realizados diálogos com o objetivo de conscientizar e estipular estratégias preventivas. Para a análise antropométrica foram coletados idade, peso (kg), estatura(m), índice de massa corporal (IMC), relação cintura quadril (RCQ) do estado nutricional do indivíduo pesquisado. Foi mensurado o batimento cardíaco em repouso (FCrep) e esforço (FCmáx) com a utilização de um frequencímetro Polar. Um medidor de pressão arterial digital, foi utilizado para coletar a pressão diastólica e sistólica. A FC foi utilizada como acompanhamento nas corridas de pedestres e as dosagens bioquímicas foram realizadas duas vezes durante o ano de 2016. Resultados: O paciente pesquisado, apresentou o IMC e a RCQ acima do ideal, porém não foi identificada uma variação significativa ao longo do ano. A idade apresentou uma média de 58,3±0,02, peso 94,1±0,7(kg), estatura 1,90±0,0(m), o IMC 26,1±0,2 e a RCQ 1,02±0,11. A média da FCrep foi de 52,1±2,3 e esforço (FCmáx) 128,3±3,1. A média da pressão diastólica foi de 76,7±2,9 e sistólica 130,0±2,7. Durante as corridas, foi registrado FCMáx de 181bpm, em setembro de 2016. Nas outras participações, a média foi de 150 a 158 bpm. Nas dosagens bioquímicas, a glicose diminuiu a um índice mais adequado, de 99mg/dl para 81mg/dl, porém o colesterol HDL ficou em 51,6mg/dl, quando a expectativa era chegar mais próximo dos 60mg/dl. Conclusão: A metodologia utilizada foi adequada para o acompanhamento e é possível aumentar os parâmetros físicos e bioquímicos. Após o trabalho realizado, o paciente pesquisado relatou melhora nas condições físicas, emocionais, motivacionais, sociais e aumento da independência nas atividades cotidianas.

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