Atividades Físicas na Empresa

Parte de Atlas do Esporte no Brasil . páginas 576 - 577

Resumo

No Brasil do século XVII práticas recreativas e compensatórias já eram identificadas em engenhos de açúcar ou companhias estrangeiras de comércio. Mas o marco germinal na atividade física em empresas no país foi a Fábrica de Tecidos Bangu (RJ) que, a partir de 1901, anexou um campo de futebol ao seu espaço produtivo. Além desta iniciativa pioneira até mesmo em termos internacionais, podem se estabelecer três influências na sinergia entre lazer e empresas: companhias inglesas, especialmente em São Paulo e Paraná; empreendimentos da colonização alemã no sul do país e dos padres jesuítas e maristas no interior do país (criadores da tradição do esporte como apoio à disciplina em organizações no Brasil). As teorias que informam o surgimento de atividade física de lazer nas empresas possuem em sua gênese, intencionalidades voltadas ao controle social (do tempo livre do funcionário) para prevenir-lhes da vadiagem ou/e, mais recentemente, para criar vínculos gregários entre patrões, empregados e comunidade local. No Brasil das primeiras décadas do século XX, a expansão do esporte nas empresas coincide com o movimento operário sindicalizado, quer por iniciativa de empregados ou de patrões, sendo esta última versão apontada por alguns teóricos como paliativo ao conflito de classes.

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