Resumo

Tradicionalmente o processo educacional no ambiente escolar se assenta em dois pilares: formação intelectual e formação moral. Em ambos observamos que o trabalho da educação é mediar a apropriação de um objeto cognitivo ou moral. No que tange especificamente à Educação Física, o centro das atenções são as “técnicas de movimento”; mesmo nas abordagens progressistas, que deslocam sua atenção para as “objetivações culturais do movimento” e concebem o sujeito como construtor delas. Contudo, entendemos que é possível conceber a educação a partir de outra perspectiva que seja centrada na própria potência de pensar e na ética como possibilidade de abertura para um agir que tenha no centro não o cumprimento da norma, mas a sua construção. Identificamos no conceito de potência, a partir de Giorgio Agamben, ferramenta teórica de grande valia para construir uma referência para o trabalho educacional. Assim, se entendemos, com Agamben, que a relação entre potência e ato deve estar posta na primariedade da primeira, entendemos que na pedagogia da Educação Física a relação com o movimento deve estar centrada na “movimentalidade”, na potência do movimento.

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