Resumo

RESUMO A atrofia muscular esquelética tem-se constituído, nos últimos anos, como objecto de investigação, uma vez que se encontra associada a várias patologias, nomeadamente à insuficiência cardíaca, à sida, à sépsia, a algumas neoplasias, bem como, a alguns determinismos biológicos como o envelhecimento. No entanto, os mecanismos subjacentes às alterações morfológicas, bioquímicas e funcionais induzidas por esta entidade anatomopatológica permanecem, ainda, por esclarecer. Efectivamente, têm sido recentemente apresentadas algumas hipóteses, salientando- se as alterações no turnover proteico, no padrão de expressão das isoformas da miosina de cadeia pesada e na preponderância das vias metabólicas activadas. Adicionalmente, quer a diminuição do número de mionúcleos, quer a redução do domínio nuclear parecem ser fenómenos que acompanham o desenvolvimento da resposta atrófica. Neste sentido, vários estudos experimentais sugerem que a apoptose parece ter uma função importante na regulação destes acontecimentos. Dada a relevância e implicação clínica da atrofia muscular na capacidade funcional e, consequentemente, na qualidade de vida do ser humano, torna-se fundamental compreender de forma detalhada este processo. Como se desenvolve, de que forma se manifesta e quais os pontos chave da fisiopatologia da atrofia, são algumas das questões focadas neste trabalho. Palavras-chave: atrofia, apoptose, necrose, proteólise, proteínas de choque térmico.