Resumo

A Copa do Mundo de Futebol é o campeonato mais expressivo nessa modalidade, sendo a Seleção Brasileira desse desporto alvo de questionamentos nacionais e internacionais. Entretanto, raras são as pesquisas comparativas entre a atuação das diversas Seleções Brasileiras em Copas do Mundo, cada qual em sua época, e ainda não existe um estudo histórico que aborde as ações quantitativas e qualitativas observadas em jogos na íntegra das seleções, no período compreendido entre 1958 a 2010. Desse modo, o objetivo do presente estudo foi analisar, na íntegra, todos os jogos das Seleções Brasileiras de Futebol em Copas do Mundo, compreendidos no período de 1958 a 2010, quantificando as ações técnicas realizadas por essas equipes, por meio de análise de vídeo e “scout” manual. Com exceção de 1966, nos 75 jogos analisados, observou-se que nas Copas do Mundo a Seleção Brasileira apresentou superioridade no que tange à posse de bola, número de passes completos, percentual de passes efetuados, número total de finalizações e finalizações corretas, interceptações, escanteios, gols. Por outro lado, a Seleção Brasileira apresentou inferioridade no percentual de finalizações, passes errados, desarmes e roubos de bola. As seleções de 1958, 1970, e 1982 mostraram-se mais ofensivas pelo total de finalizações, enquanto as de 1978, 1990, e 1994, mais consistentes defensivamente, o que pode ser verificado pelo número de roubos de bola. Apesar de superioridade brasileira em posse de bola, a mesma não se mostrou decisiva para todas as classificações finais de nossas equipes. O número de gols marcados pela Seleção Brasileira e por seus adversários apresenta redução com o passar dos anos e, no caso do Brasil, grande parte dos gols ocorreu no segundo tempo dos jogos, na faixa compreendida entre 46 a 75 minutos. Esse fato difere de seus adversários, os quais parecem produzir maior número de gols no primeiro período, entre 31 a 45 minutos da partida.

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