Resumo

O objetivo deste estudo foi investigar o grau de associações entre a autoeficácia geral percebida, nível de qualidade de vida (QV) e o suporte social em atletas de voleibol de rendimento. Foram sujeitos do estudo 86 atletas adultos de voleibol masculino de rendimento, dos níveis municipal (n=47; 54,7%), estadual (n=26; 30,2%) e nacional (n=13; 15,1%), participantes de competições na temporada de 2010. Como instrumentos foram utilizados: Ficha de identificação do atleta, Escala de Auto Eficácia Geral Percebida (EAEGP), Medical outcomes study 36 - item short - form health survey (SF-36) e o Medical Outcomes Study Social Support Survey (MOS-SSS). A coleta de dados foi realizada de forma individual nos locais de treinamento e competições dos atletas. Para analise dos dados, utilizaram-se os testes: Kolmogorov-Smirnov (P≤0,05), coeficiente Alpha de Cronbach, teste de Levene, ANOVA One-way com o post-hoc de Scheffé, teste de Kruskal-Wallis, teste 'U' de Mann-Whitney, Anova de Medidas Repetidas com o post-hoc de Bonferroni, teste de Esfericidade de Mauchly's W e o teste Greenhouse-Geiser. Para as associações foi utilizado o Teste de Associação do Qui-quadrado, teste exato de Fischer, 'V' de Cramer, correlação de Spearman e a Regressão de Poisson com ajuste robusto. Os resultados evidenciaram: todos os atletas demonstraram possuir um alto nível de autoeficácia geral percebida, bom nível de suporte social e bom nível de QV. Na comparação entre as escalas do suporte social, para os atletas de nível municipal e estadual a escala com maior destaque foi a interação social positiva (P≤0,01), enquanto que para a qualidade de vida a escala que mais se destacou foi a capacidade funcional (P≤0,05) em todos os níveis de competições; na comparação da QV com a idade dos atletas, houve diferença significativa nas escalas limitação por aspectos físicos para atletas de 23 - 30 anos quando comparados aos atletas de 31 - 38 anos (P=0,01) e escala dor para atletas de 15 - 22 anos quando comparados aos atletas de 23 - 30 anos (P=0,03); houve associação da autoeficácia com a idade (P=0,04) e tempo de prática (P=0,05); com as escalas do suporte social: apoio material (P=0,05), emocional (P=0,00) e interação social positiva (P=0,05); e com as escalas da QV: vitalidade (P=0,05), aspectos sociais (P=0,03) e limitação por aspectos emocionais (P=0,01); para os atletas da seleção brasileira, verificou-se correlação significativa entre a autoeficácia e a escala apoio material (r=0,78) do suporte social. Assim, concluiu-se: a autoeficácia geral teve associação com bom nível de QV e alto suporte social no contexto dos atletas de voleibol. Neste sentido, o esporte para estes atletas, criou condições necessárias e favoráveis para o desempenho pessoal e atlético.

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