Resumo

Introdução: Apesar das artes marciais terem uma prática milenar, existe em algumas delas, como o Karatê, diversas lacunas no conhecimento antropométrico e nutricional. O objetivo deste trabalho foi estabelecer o perfil antropométrico do atleta universitário de Karatê para comparação com padrões internacionais, calcular o gasto energético total (GET), estabelecer a taxa de sudorese (TS) e potencial risco de desidratação.
Metodologia: Durante evento internacional de Karatê foram recrutados atletas universitários de elite e realizada uma avaliação antropométrica com determinação de peso, altura, sete dobras cutâneas e circunferências corporais, % de gordura (%G), gasto energético total (GET) e taxa de
sudorese durante um dia de treino intenso.
Resultados: O atleta universitário tem em média 24,0± 5,8 anos; 68,0 ± 11,1 kg; 172,2±6,1 cm, %G de 10,5±3,0% para um tempo de prática de 7,7±5,2 anos. O GET se mostrou comparável ao de triatletas (4.470,0 kcal). A TS foi de 4,9±1,7 mL/min, ocorrendo uma redução hídrica significativa em relação ao peso de 1,4±0,3%, o que representaria uma desidratação leve.
Conclusão: Na determinação da composição corporal do atleta universitário, em relação aos mesmos de sua categoria em nível internacional, há indicação de que os brasileiros tendem a ter maior quantidade de massa magra, aspecto vantajoso no tocante às características de explosão e potência do karatê. O GET pode ser relevantemente alto e aliado as condições ambientais e de vestuário (kimono) podem colocar o atleta em risco de fadiga térmica mesmo frente a uma baixa taxa de sudorese.
 

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