Resumo

Os ajustes fisiológicos ao exercício têm sido extensivamente estudados. Apesar do consenso sobre a importância de testes de exercício para a avaliação do consumo máximo de oxigênio ( O2máx), diferenças expressivas entre os protocolos utilizados podem comprometer a comparação de dados e sua utilização clínica ou funcional. A presente revisão analisou os principais protocolos correntemente utilizados na avaliação do  O2máx, destacando suas vantagens e limitações. Além disso, compararam-se as características de protocolos escalonados em estágios com aquelas de modelos individualizados, conhecidos como protocolos em rampa. Foram revisados 102 estudos publicados entre os anos 1955 e 2009. Os resultados indicaram que, apesar de a maior parte dos estudos apontar vantagens dos protocolos em rampa sobre os mais tradicionais, há uma evidente carência de recomendações sobre diversos aspectos de sua elaboração. São raros os estudos que analisaram a influência de variáveis dos protocolos em rampa sobre os desfechos pretendidos, como o consumo máximo de oxigênio e limiares de transição metabólica. Há dúvidas acerca da melhor maneira de se determinar a capacidade máxima de exercício, velocidade inicial do teste, razão de incremento, interação velocidade/inclinação e tempo de teste. Em suma, os testes em rampa vêm sendo aplicados com base na experiência dos avaliadores, sem que haja realmente um 'protocolo' que norteie a sua montagem. Estudos que possam contribuir para o desenvolvimento de critérios mais formais e precisos para a elaboração de protocolos em rampa, portanto, fazem-se necessários.

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