Resumo

Introdução: Estima-se exista um subgrupo de pacientes que caracterize a sensibilização central. Tal condição é conhecida pelas alterações de vias neurológicas e de ativação do sistema nervoso central. Entretanto, o comportamento da capacidade física e de funcionalidade dos pacientes com lombalgia e sensibilização central é pouco conhecido. Objetivo: O objetivo desse trabalho foi comparar a capacidade física, catastrofização, cinesiofobia e qualidade de vida de pacientes maior e menor risco de sensibilização central. Métodos: O inventário de sensibilização central foi utilizado para caracterizar o risco de sensibilização central. Os pacientes foram avaliados quando a capacidade física por meio do teste de caminhada de seis minutos, teste time up and go, teste de sentar e levantar e testes de endurance de flexores e extensores do tronco. Além disso, foram utilizados os questionários: Rolland Morris Disability, Fear Avoidance Beliefs, Escala de Catastrofização da Dor e EQ-5D-3L. Resultados: Foram encontradas diferenças significativas para os testes funcionais, e teste de endurance de extensores do tronco. Entretanto, não houveram diferenças para a endurance de flexores do tronco. Todos os domínios da qualidade de vida apresentaram diferenças significativas entre os grupos. De forma semelhante, houveram diferenças para cinesiofobia, catastrofização da dor e incapacidade. Conclusão: Pacientes com maiores riscos de sensibilização central apresentam menor desempenho nos testes funcionais e maiores níveis de incapacidade, cinesiofobia, catastrofização da dor do que pacientes com menor risco de sensibilização central. A qualidade de vida do grupo com maior risco apresenta piores índices quando comparada àquele com menor risco de sensibilização.

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