Resumo

RESUMO A força muscular dos membros inferiores é considerada um importante factor da prestação no futebol e voleibol, como suporte de habilidades e acções motoras específicas. Por isso, tal como em outras capacidades motoras, como por exemplo a resistência, tarefas específicas, idade, sexo e diferentes funções específicas, poderão induzir diferentes padrões de desenvolvimento da força muscular. Alguns investigadores sugerem que níveis insuficientes de força poderão estar associados a um risco acrescido de lesão dos tecidos moles. Por estas razões, a avaliação e controlo da força muscular assumem uma importância particular na monitorização dos efeitos dos programas de treino bem como na despistagem de factores de risco de lesão. A avaliação isocinética da força fornece informação relevante através de indicadores como o torque máximo, as diferenças bilaterais de força e a razão antagonista/ agonista dos membros dominante e não dominante. Deste modo, o objectivo fundamental deste trabalho foi descrever e comparar os perfis isocinéticos da força em futebolistas e voleibolistas de diferentes idades, sexo e funções específicas. Utilizando um dinamómetro isocinético (Biodex – System 2) avaliaram-se os torques máximos concêntricos com correcção gravítica dos músculos flexores e extensores do joelho em protocolo de 5 repetições máximas à velocidade angular de 360°.seg.-1 (6.28 rad.seg.-1) e 3 repetições máximas a 90°.seg.-1 (1.57 rad.seg.-1). Em conclusão, podemos dizer que o carácter específico da actividade funcional das modalidades desportivas estudadas, a idade e a função específica não se constituem per se factores indutores de desequilíbrio bilateral da força muscular dos membros inferiores. Contudo, no que concerne à razão I/Q, a modalidade desportiva praticada e o sexo, mesmo em sujeitos treinados, parecem ser factores que influenciam o perfil isocinético de força. Palavras-chave: força, avaliação isocinética, futebol, voleibol.