Resumo

A crioterapia é muito utilizada nas afecções traumáticas, principalmente, nas lesões músculos-esqueléticas. Entretanto, se aplicada de forma incorreta, sem conhecimento dos fenômenos neuro-fisiológicos, musculares e vasculares, poderá trazer conseqüências indesejáveis, interferindo diretamente na qualidade do tratamento. Esse estudo teve como objetivo verificar se existe alteração da sensibilidade cutânea nas aplicações de bolsa de gelo e bolsa de gel e qual sua magnitude, comparando-as entre si para verificar se poderia, diante destas circunstâncias, ocorrer interferências significativas nas aplicações das terapias combinadas. Realizou-se uma série de casos com uma amostra de vinte voluntários que recebiam as duas formas de aplicação de crioterapia, uma logo após a outra. A aplicação da modalidade durava vinte e cinco minutos, sendo que a sensibilidade cutânea foi aferida antes, durante e depois da aplicação, utilizando-se os monofilamentos de Semmes-Weinstein. Os resultados revelaram uma alteração significativa da sensibilidade cutânea com a diminuição da temperatura, desta forma a bolsa de gelo obteve uma maior alteração da sensibilidade do que a bolsa de gel. Concluímos que a associação da crioterapia com qualquer outra terapia que necessite da sensibilidade preservada é contra-indicada. No entanto, cinco minutos após aretirada da modalidade fria, observou-se que podemos aplicar qualquer técnica sem perigo.

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