Resumo

Um país, para se considerar desenvolvido, precisa conferir às suas mulheres condições de igualdade em todas as esferas da vida pública e privada. Nas relações de trabalho, nos postos de comando, nas relações pessoais, é preciso assegurar direitos para que as mesmas possam usufruir do seu poder de escolha. No mundo do esporte não é diferente. O Brasil tem mais de 50% de sua população composta por mulheres e houve um avanço na ocupação dos postos formais de trabalho por mulheres. Porém, as desigualdades entre homens e mulheres ainda são grandes: do contingente da força de trabalho ativa, homens ocupantes dos mesmos postos recebem maiores salários, sendo, em média, a carga horária semanal das mulheres maior. Mas essas questões estão sendo enfrentadas com políticas estruturantes. O nível de desenvolvimento do país permite distribuir benefícios à quase totalidade da população. Os programas sociais executados na última década possibilitaram que mais de 40 milhões de pessoas saíssem da pobreza para a classe média. As mulheres têm protagonismo importante nesta etapa da vida nacional. São elas que administram os recursos, por exemplo, da Bolsa Família. Os grandes eventos esportivos que sediamos, como a Copa das Confederações FIFA 2013 e a Copa do Mundo FIFA 2014, e os que vamos sediar, como os Jogos Olímpicos e os Jogos Paraolímpicos Rio 2016,são oportunidades e aprofundamento dessa distribuiçãode recursos. As mulheres, como todas/os as/os trabalhadoras/es, já colhem resultados conquistando empregos e qualificação. Tivemos inúmeras mulheres trabalhando nas obras da Copa, comandando equipes de engenharia, cuidando de gramados, atuando na construção civil. Neste campo em particular, área considerada masculina, os dados da PNAD 2012 demonstram que a participação das mulheres chegou a 5% do total de postos de trabalho na construção das arenas esportivas das cidades-sede da Copa, em 2012, o que representou 75% a mais do que a média nacional, de 2,86%.

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