Resumo

O bullying é a interdição do corpo mediada por signos culturais que pautam atitudes agressivas, intencionais e repetidas. Nas aulas de Educação Física ainda ocorre exclusão daqueles que não se enquadram nos padrões corporais considerados ideais. Foi investigada a presença, ou não, do bullying entre estudantes do curso de Educação Física em relação aos seus colegas. A pesquisa foi qualitativa e de campo; foi aplicado aos alunos do primeiro e segundo período de Educação Física da Universidade Castelo Branco um questionário (pré-intervenção), realizada uma palestra com um aluno com deficiência que sofre bullying e, três meses após, aplicado novamente o mesmo questionário para verificar se houve mudanças de comportamentos e atitudes (pós-intervenção). Na pré-intervenção, responderam ao questionário 8 homens e 7 mulheres: 7 homens não sofreram bullying, 1 sofreu e as 7 mulheres não sofreram; 5 homens e 6 mulheres não praticaram bullying, 3 homens e 1 mulher praticaram; 4 homens e 6 mulheres já viram acontecer, enquanto 4 homens e 1 mulher afirmaram nunca ter visto. Na pós-intervenção, dos 8 homens e 7 mulheres que foram entrevistados: 4 homens e 5 mulheres não sofreram bullying, 4 homens e 2 mulheres já sofreram; 5 homens e 4 mulheres não praticaram bullying, 3 homens e 3 mulheres já praticaram; 6 homens e 6 mulheres já viram acontecer, enquanto 2 homens e 1 mulher nunca viram. Concluímos que a maioria dos alunos não tinham entendimento das consequências do bullying, mas, após a intervenção, puderam reconhecer as práticas que cometiam contra seus colegas.

Unitermos: Formação de professores, Bullying, Educação Física, Universidade

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