Resumo

As medidas antropométricas estão sendo amplamente utilizadas para o acompanhamento e desenvolvimento de crianças, na verificação das adaptações em resposta ao treinamento, na seleção de atletas e em estudos de caracterização étnica, entre várias outras áreas. O controle da qualidade dessas medidas vai resultar em dados mais confiáveis e medidas antropométricas mais precisas. O propósito do presente estudo é difundir a estratégia para a obtenção do erro técnico de medição (ETM), segundo a metodologia de Kevin Norton e Tim Olds (2000), e avaliar o desempenho de estagiários de laboratório. Três antropometristas iniciantes do Laboratório de Fisiologia do Exercício (Labofise) da Universidade do Brasil foram avaliados. Eles realizaram as medidas de dobras cutâneas (Cescorf, 0,1mm) em nove diferentes pontos antropométricos de 35 voluntários (25,45 ± 9,96 anos). Para as medidas, foi adotada a padronização da International Society for Advancement in Kinanthropometry (ISAK). Para a verificação do ETM intra-avaliador, as medidas foram realizadas nos mesmos voluntários em dois dias diferentes; e, para a obtenção do ETM interavaliador, as medidas foram feitas em um mesmo grupo de voluntários, no mesmo dia, pelos três antropometristas. Os resultados apontaram ETMs não aceitáveis apenas para dois avaliadores na análise intra-avaliador. Os demais ETMs alcançaram resultados aceitáveis. Os ETMs não aceitáveis demonstram a necessidade de treinamento técnico dos antropometristas, de modo a minimizar a variabilidade constatada.

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