Resumo

O presente ensaio trata de dois aspectos principais: (a) refazer alguns caminhos referentes as reflexões sobre a epistemologia das ciências do desporto e (b) sugerir que a Faculdade de Ciências do Desporto e de Educação Física da Universidade do Porto (FCDEF– UP) em ações com importantes Universidades brasileiras e com a Universidade Pedagógica de Moçambique em Maputo, a partir do amplo espectro de publicações, cursos, mobilidade de professores e estudantes, em programas de mestrado e doutoramento, tem proporcionado conteúdo teórico e empírico capaz de permitir a configuração de um pensamento consistente sobre os vários aspectos do desporto no espaço da língua portuguesa. Vou tratar destes objetivos, mas não sem antes propor uma reflexão passível de evidenciar o quanto é limitada nossa capacidade de percepção e nossas possibilidades de conhecimento sobre os fenômenos complexos que nos cercam no cotidiano de nossas vidas. Pretendo sugerir num breve texto introdutório a dificuldade que encontramos sempre que temos a pretensão de apreender fenômenos complexos. Por exemplo, como apreender o desporto em sua multiplicidade de formas e sentidos? Qual o papel que assume o discurso científico ou filosófico nesta proposição? Terá sentido a pretensão de delimitar a(s) ciência(s) do desporto? Terá o conhecimento filosófico a capacidade de assumir tal responsabilidade? Mas, por outro lado, poderemos prescindir dessas formas de conhecimento para entendermos o significado do desporto? Enfim, como devemos teorizar sobre o desporto?