Resumo

Valores de referência para a capacidade aeróbica especificamente de idosos são escassos e essenciais para a identificação de déficit funcional. Objetivos: Caracterizar a capacidade aeróbica e o nível de atividade física de idosos de diferentes faixas etárias e estabelecer equações de referência para o consumo de oxigênio (VO2). Materiais e Métodos: A capacidade aeróbica de 63 idosos da comunidade divididos em grupo1: 65-69, grupo 2: 70-79 e grupo 3: 80 e mais anos foi avaliada por teste de esforço máximo com protocolo de rampa em esteira e o nível de atividade física foi identificado pelo Perfil de Atividade Humana (PAH). Análise estatística, considerando = 0,05, foi realizada por testes não paramétricos. Resultados: Valores medianos de VO2 (21,8; 19,1; 16,6 mL.Kg-1.min-1) e de produção de dióxido de carbono (VCO2) (1755; 1367 e 1166 mL.min-1) reduziram respectivamente nos grupo 1, 2 e 3, com significância estatística entre os grupos 1 e 3. Houve correlação (p<0,001) entre idade e VO2 (r=-0,518), idade e VCO2 (r=-0,549) e PAH e VO2 (r=0,498). As equações estabelecidas por regressão linear considerando o tempo de teste incremental (TI) foram: para homens, VO2= 56,896 - (0,396 x Idade) (0,380 x IMC) + (0,410 x TI) e para mulheres, VO2= 44,954 (0,394 x Idade) (0,178 x IMC) + (0,741 x TI). Conclusões: Este estudo confirma a redução progressiva da capacidade aeróbica nos idosos e sua relação com a idade e com o nível de atividade física. As equações propostas podem ser utilizadas como referência para testes realizados em idosos segundo o mesmo protocolo.

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