Resumo

O objetivo do estudo foi comparar o desempenho e as características cinéticas e cinemáticas do salto vertical com (CBB) e sem (SBB) balanço dos braços, entre jogadores de futebol e basquetebol. Nove jogadores de basquetebol (21,2 ± 2,9 anos; 101,64 ± 14,58 Kg; 1,95 ± 0,06 m) e nove jogadores de futebol (18,2 ± 0,7 anos; 77,4 ± 7,58 Kg; 1,81 ± 0,07 m) realizaram 12 saltos verticais máximos, utilizando a técnica do contramovimento, sendo 06 saltos CBB e seis SBB. Os saltos foram realizados sobre uma plataforma de força que registrou as forças de reação do solo (FRS). A altura do salto vertical, as variáveis cinemá-ticas (duração da fase excêntrica, duração da fase concêntrica e máximo deslocamento para baixo do centro de massa) e cinéticas (potência média na fase excêntrica, potência média na fase concêntrica, pico de potência e pico de força) foram calculadas a partir do compo-nente vertical da FRS. Os resultados não revelaram diferenças entre o grupo de jogadores de basquetebol e o grupo de jogadores de futebol, na altura máxima do salto vertical nem nas variáveis cinemáticas e cinéticas. Os participantes de ambos os grupos obtiveram maior altura do salto vertical no CBB (0,41m) do que SBB (0,36m). Isto foi alcançado devido a um maior pico de potência (CBB=276,8W/Kg0,67 vs. SBB=241,3W/Kg0,67) e uma maior duração da fase concêntrica (CBB=0,20s/m0,5 vs. SBB=0,19s/m0,5) no salto CBB do que no SBB. Estes resultados indicam que os jogadores de futebol e basquetebol, avaliados no presente estudo, possuem desempenho e características cinemáticas e cinéticas similares, independente do tipo de salto vertical realizado. Entretanto, o uso dos braços durante o salto vertical melhora o desempenho, sendo que a utilização do braço parece influenciar jogadores de futebol e basquetebol na mesma proporção.


 

Acessar