Resumo

O objetivo do presente estudo foi identificar as características clínicas, cardiológicas e de biomarcadores de remodelação cardiovascular em praticantes de esporte em cadeira de rodas para verificar se atletas com outros tipos de deficiência física (Outros: com amputados e com sequela de poliomielite principalmente) diferem do grupo com Lesão de Medula Espinhal (LME). Participaram do estudo 28 sujeitos, os quais foram divididos em dois grupos (LME, n=13, Outros, n=15) e como grupo controle tomaram parte do estudo 12 sujeitos não deficientes. Foram mensurados os aspectos clínicos e os parâmetros ecocardiográficos e de ultrassonografia de artérias carótidas. Como variáveis independentes foram mensurados os níveis de Matriz de Metaloproteinase - 2, 8 e 9 e LDL oxidado. Nosso estudo mostrou que, apesar da igualdade no perfil clínico, atletas com LME apresentam menor diâmetro atrial em comparação ao grupo Outros (LME 29,38 ±4,68mm, Outros 33,12 ±2,94 mm, p<0,05) e função diastólica (E/Em) diminuída em comparação ao grupo Outros e ao grupo controle (LME 6,55 ±1,51, Outros 5,12 ±1,06 e Controle 4,85 ±1,67, com p<0,05). Tais diferenças não foram associadas aos biomarcadores analisados, sendo possível atribuir às diferenças observadas à especificidade da LME.

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