Resumo

O objetivo desse estudo foi caracterizar e analisar os principais aspectos do estilo de vida e da qualidade de vida de professores universitários do ensino superior privado do Paraná e comparar os principais resultados, principalmente os relacionados à pratica regular de atividades físicas, entre professores da área de educação física e de outras áreas de graduação. O estudo foi classificado como de campo, exploratório e descritivo, sendo desenvolvidos através de procedimentos qualitativos e quantitativos de coleta e análise dos dados. A seleção dos participantes do estudo se deu através de critérios de intencionalidade próprias ao sujeito e à instituição, totalizando 88 indivíduos, sendo 36 do gênero masculino e 52 do gênero feminino. Os procedimentos foram submetidos e aprovados pelo CEPEH da Unipar/UFPR. Para a coleta de dados utilizou-se o questionário QVS 80 (Questionário de Qualidade de Vida e Saúde) para a avaliação dos dados sócio demográficos gerais e a análise dos domínios da saúde, da atividade física, do ambiente ocupacional e da percepção da qualidade de vida. Os resultados demonstraram que a faixa etária dos participantes com maior incidência encontra-se entre 30 a 39 anos, com 43,2%. Referente à titulação, verificou-se que a maioria dos participantes tem especialização, 52,3%, já 40,9% são mestres, 5,7% doutores e somente 1,1% tem somente graduação. Quanto ao tempo de trabalho no ensino superior, 46,6% atuam a menos de 5 anos, 39,8% de 6 a 10 anos, 12,5% de 11 a 20 anos e somente 1% a mais de 20 anos. Quando questionados sobre o estado de saúde atual, 18,2% consideram com excelente, 62,5% como boa, 17,0% como regular e 2,3% como ruim. Fazendo uma análise geral nos diferentes domínios da qualidade de vida obteve-se os seguintes resultados: o domínio do ambiente ocupacional representou o menor impacto na qualidade de vida, com 15%, seguindo do domínio da saúde com 17%, e do domínio da percepção da qualidade de vida com 18%. O domínio da atividade física representou o maior impacto na relação com a qualidade de vida, inclusive quando comparado entre áreas de formação, tendo um impacto de 50,6% nos professores nas diferentes áreas de formação e de 47,1% entre os professores de educação física. Diante dessas dados, fica evidente um índice muito alto de indivíduos com tendência ao sedentarismo estando assim consequentemente mais propensos a doenças relacionadas à um estilo de vida pouco ativo, inclusive os profissionais da área da educação física.

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