Resumo

Guerras passadas destacaram a preponderância dos índices de capacidade física dos militares, sendo por isso extremamente importante o seu controlo e potencialização por intermédio do treino estruturado. O presente estudo procurou caraterizar os níveis de aptidão física dos alunos militares do Instituto Superior Técnico de Angola. Para isso, noventa cadetes (48 do sexo masculino e 42 do sexo feminino, 18-24 anos) foram avaliados ao nível da força muscular e capacidade cardiorrespiratória. Tanto os elementos do sexo masculino como feminino, respetivamente, revelaram um desempenho classificável como normal nos seguintes exercícios: flexões de braços (masculino: 36.88 ± 9.81 e feminino: 20.67 ± 6.62 repetições), abdominais (71.04 ± 17.14 e 61.95 ± 19.05 repetições), lançamento de bola medicinal (5.06 ± 0.89 e 4.00 ± 0.84 m). Contudo, os restantes resultados obtidos foram considerados abaixo do normal, nomeadamente entre os elementos do sexo feminino: salto com contramovimento (36.14 ± 6.54 e 23.53 ± 7.62 cm), sprint de 80 m (13.08 ± 1.90 e 14.96 ± 2.01 s) e vaivém (consumo de oxigénio: 38.02 ± 6.3 e 33.18 ± 6.49 ml/kg/min). Os valores demonstraram diferenças significativas entre os sexos em todas as variáveis analisadas (p < 0.01). Com base nestes dados, considera-se necessária a melhoria dos índices físicos, especialmente entre os elementos do sexo feminino e, mais especificamente, ao nível da força dos grupos musculares dos membros inferiores e da aptidão cardiorrespiratória. Consequentemente, revela-se importante desenvolver e implementar programas de treino específicos para estas componentes.

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