Resumo

O objetivo do presente estudo foi observar as adaptações promovidas pelo treinamento intervalado (TI) com diferentes tempos de pausas passivas. Vinte indivíduos fisicamente ativos, estudantes de Educação Física, foram divididos em dois grupos (G1 e G2) e submetidos a 14 sessões de TI. O protocolo de treino consistiu de sprints de 40 segundos em intensidade áxima, com pausa de 2 minutos entre os mesmos para o G1 e 5 para o G2. O volume dos sprints foi gradativamente incrementado ao longo das sessões seguindo o seguinte padrão: 4 sprints da 1ª a 3ª, 6 da 4ª a 6ª, e 8 da 7ª a 14ª sessão. Foram avaliados desempenho no teste 40 segundos (40s), as velocidades de limiar ventilatório (vLV), ponto de compensação respiratória (vPCR), e de consumo máximo de oxigênio (vVO2máx.), o consumo máximo de oxigênio (VO2máx.), composição corporal (CC), séries branca e vermelha, e a cinética de remoção do lactato frente ao 40s (CRL). A CC, CRL, série vermelha e branca foram acessadas na semana anterior ao início do programa, e uma semana após o término do mesmo (7D). A vLV, vPCR, vVO2máx, o VO2máx, e o 40s também foram acessados 14 dias após o término do programa de treinamento (14D). Como resultados observamos que os dois grupos aumentaram significativamente o desempenho no 40s em 7D e 14D; Não houve alterações significantes nas séries vermelha e branca; Três sujeitos do G1 aumentaram significantemente a vLV em 7D, enquanto que quatro não apresentaram alteração, e um diminuiu; Cinco sujeitos no G2 aumentaram significantemente a vLV no momento 7D, mas três não, sendo que um diminuiu sua vLV; Para a vPCR quatro sujeitos do G1 exibiram aumento significante, um sujeito diminuiu, e três não sofreram alterações em 7D.; Seis sujeitos no G2 exibiram maior vPCR, dois não exibiram alteração, e um diminuiu no momento 7D; A vVO2max aumentou em apenas um sujeito do G1 e não se alterou nos demais; Três sujeitos no G2 exibiram aumento na vVO2max e seis mantiveram em 7D. Levando-se em comparação os valores de erro típico inerente ao protocolo para vLV (ET=0,62km/h), vPCR (ET=0,35km/h) e vVO2max (ET=0,43km/h), podemos observar que o número de sujeitos com aumento significativo na resposta no momento 14D aumentou em todas as variáveis, sugerindo uma supercompensação dos efeitos do treino intervalado de alta intensidade nesses parâmetros após duas semanas de descanso. Não observamos alterações significantes no Tmax para G1 e G2, sem nenhuma alteração significante para o Lacmax. Nossos resultados sugerem que a manipulação no tempo de pausa em treinamentos intervalados de alta intensidade pode influenciar na magnitude das adaptações ao treinamento 

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