Resumo

Esta tese trata da constituição do campo esportivo (BOURDIEU, 1983) do futebol nos Jogos Olímpicos. Para apresentar a configuração dessa estrutura foi utilizada uma análise documental juntamente com a história de vida dos atletas brasileiros que participaram do torneio olímpico entre 1952 e 1988. O tema referente ao amadorismo e profissionalismo estruturou toda a tese. Os conflitos políticos em torno do COI e da FIFA pelo controle do futebol foram amparados na disputa de poder para estabelecer como seria definido o termo amador. As divergências sobre esse assunto fizeram com que a FIFA criasse a sua Copa do Mundo em 1930 e que o futebol ficasse fora do programa olímpico dos Jogos de 1932. Foi a partir desse debate que os múltiplos olhares em relação ao futebol e aos Jogos Olímpicos sustentaram a tese. Esses olhares foram construídos a partir da história de vida dos atletas brasileiros que defenderam o país no futebol, dos membros e presidentes do COI e da FIFA, dos dirigentes do COB e da CBD, depois CBF, e da imprensa que apareceu nos jornais Folha da Manhã, Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo, e nos Boletins Olímpicos do COI. Desse modo, construiu-se a tese de que foram os conflitos políticos entre o COI e a FIFA em torno do estabelecimento das definições da condição de atleta amador e profissional que ditaram os rumos do futebol olímpico e da modalidade no mundo

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