Resumo

Estudos prospectivos têm indicado que avaliar a função muscular pelo teste isocinético na pré-temporada é capaz de identificar variáveis da força muscular que se associam a lesões nos músculos posteriores da coxa em jogadores de futebol, entretanto, os resultados são conflitantes e podem estar relacionados aos diferentes pontos de corte para categorização do atleta em assimétrico. Diante de resultados antagônicos, o presente estudo objetivou: i) Identificar o ponto de corte da assimetria lateral (AL) do intervalo de confiança de 95% para o pico de torque em jogadores de futebol, avaliado no teste isocinético, levando em consideração a média populacional; ii) Comparar a AL entre o valor de corte de 15%, proposto pela literatura, e o limite superior do intervalo de confiança de 95% (LS) da população estudada. 64 jogadores de futebol profissional realizaram cinco repetições máximas de flexão e extensão do joelho na velocidade de 60°/s com intervalo de um minuto entre repetições. Para determinação do ponto de corte da AL, utilizou-se o LS e para a concordância da informação diagnóstica entre os diferentes valores de corte foi aplicado o teste χ² de McNemar. A proporção entre simétricos e assimétricos não foi diferente entre os valores de corte de 15% e o populacional, tanto para os flexores do joelho (χ² = 0.5; p = 0.250) quanto para os extensores do joelho (χ² = 2.0; p = 0.125). Conclui-se que, o ponto de corte populacional proporciona uma classificação dos atletas de futebol profissional similar ao valor de 15% referenciado na literatura. 

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