Resumo

Introdução: O envelhecimento biológico vem acompanhado de modificações morfológicas, neuromusculares e metabólicas, que acarretam em prejuízos à saúde e qualidade de vida da população idosa. Neste sentido, o treinamento com pesos (TP) é uma importante estratégia recomendada para atenuar os processos deletérios induzidos pelo envelhecimento e promover melhora na saúde dessa população. Objetivo: Comparar sistemas de TP de cargas fixas e variáveis sobre indicadores de saúde e de desempenho físico em mulheres idosas. Métodos: Sessenta e oito mulheres idosas (68,9 ± 5,9 anos, 67,0 ± 13,0 kg, 155,3 ± 6,1 cm, e 27,6 ± 4,9 kg.m-2) foram separadas em quatros grupos de acordo com a combinação da experiência prévia em TP e o sistema de treinamento: tradicional treinada (TT, n = 16), pirâmide treinada (PT, n = 17), tradicional iniciante (TI, n = 17) e pirâmide iniciante (PI, n = 18). No início e ao final de cada etapa de treinamento medidas de composição corporal (DEXA), força máxima (1RM) e análise bioquímica foram realizadas. O programa de TP foi realizado em três sessões semanais durante oito semanas, no qual as participantes dos grupos TT e TI realizaram três series de 8-12 repetições máximas com carga constante nas três séries, enquanto os grupos PT e PI realizaram três séries de 12/10/8 repetições máximas com aumento incremental da carga a cada série. Resultados: Interação significante para tempo vs. status de treino (P < 0,05) foi observada para o 1RM (TT = 5,0%, PT = 4,4%, TI = 13,2%, PI = 15,4%), massa muscular (TT = 1,4%, PT = 1,0%, IT = 3,8%, PI = 3,3%) e proteína C-reativa (TT = -60,2%, PT = -47,1%, TI = -25,5%, PI = -13,1%) sem diferenças entre os sistemas. Efeito isolado do tempo (P < 0,05) foi observado para a glicose sanguínea (TT = -7,6%, PT = -5,7%, TI = -5,6%, PI = -0,5%), triglicérides (TT = -15,8%, PT = -5,3%, TI = -26,8%, PI = -4,7%), lipoproteína de alta densidade (TT = 10,7%, PT = 4,7%, TI = 11,6%, PI =2,7 %), e lipoproteína de baixa densidade (TT = -23,8%, PT = -26,8%, TI = -34,7%, PI = -27,9%). Conclusão: Os resultados sugerem que o sistema pirâmide é similarmente eficiente ao tradicional para promover melhorias na força, hipertrofia muscular e biomarcadores sanguíneos em mulheres idosas.

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