Resumo

Defende-se neste artigo que um evento como a maratona permite equacionar a noção de “cidade espectáculo” de uma forma muito mais positiva do ponto de vista da inclusão social ou do efeito no meio ambiente, do que eventos que não se constroem no entretecer entre a cidade existente e o desporto. Talvez por isso, uma maratona como a de Boston atravessou as três diferentes fases do desenvolvimento capitalista em termos urbanísticos para usarmos a expressão de Scott (2008, 2011). Argumentar-se-á, baseando-nos tanto numa revisão de literatura como numa pesquisa empírica de cariz qualitativa, que uma estratégia de comunicação integrada que permita o potenciar dos valores comunitários comuns à maratona enquanto evento a nível global e à cidade enquanto “cidade espectáculo” é um elemento constitutivo desse mesmo evento, evento da cidade e não simplesmente evento na cidade. 

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