Resumo

A situação de saúde no Brasil é marcada pela presença de condições crônicas na população. A definição de condições crônicas de saúde se orienta no seu tempo de duração. As condições crônicas são consideradas problema de saúde pública e os principais fatores de risco para Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) são o tabaco, a alimentação não saudável, a inatividade física e o consumo danoso de álcool. A valorização da saúde do professor é essencial ao se reconhecer que a educação é primordial ao desenvolvimento da nação. Levando em consideração a importância desses profissionais é necessário conhecer suas condições de saúde, especialmente quanto às condições crônicas, apontadas como as principais causas de adoecimento, faltas e afastamento precoce do trabalho. Assim, este estudo teve por objetivo investigaras condições crônicas entre professores da rede pública de ensino. O estudo foi um inquérito epidemiológico, realizado com professores da educação básica distribuídos nas escolas da rede estadual de ensino na zona urbana da cidade de Montes Claros - MG. A amostra foi do tipo probabilística, por conglomerados, em um único estágio (escolas). Foram avaliados 760 professores distribuídos em 35 escolas. Para a coleta de dados, utilizou-se um questionário autoaplicável com variáveis relativas à doenças crônicas autorreferidas. Os dados foram analisados através da estatística descritiva. Dentre os professores entrevistados, 85% referiu alguma morbidade, sendo que 13,8% referiram ter 6 ou mais doenças crônicas coexistentes. Problemas oculares apresentaram a mais alta prevalência (40%), seguida por problemas de saúde mental (27,6%), enxaqueca e labirintite (25,7%), colesterol elevado (23,8%) e hipertensão arterial (17,4%). Concluímos que foi elevada a prevalência de morbidades autorreferidas entre os professores da rede pública. Medidas de prevenção no campo da saúde pública devem ser reafirmadas para uma melhor qualidade de vida e condições de trabalho entre os docentes.

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