Resumo

A atuação de profissionais de Educação Física em academias é reconhecidamente uma profissão recente, a qual juntamente com outros serviços da saúde foi apontada, no final da década de 1990, como um dos setores que mais se desenvolveria durante o século XX. No entanto, nota-se uma carência literária em relação a informações referentes às condições de trabalho e saúde desse profissional atuante em academias. Órgãos fiscalizadores como Conselhos Federal, Regionais e Sindicatos possuem a incumbência de verificar a realidade profissional desses trabalhadores, como questões salariais, pausas, aspectos contratuais, condições ergonômicas, entre outros. Entretanto, questões referentes ao cumprimento dessas normas devem ser investigadas de forma mais aprofundada. Adicionalmente, há evidências que esse profissional está mais suscetível a agravos relacionados à sua saúde. Problemas musculoesqueléticos, exposição elevado ao ruído, distúrbios vocais, assim como desgaste mental podem estar associados ao ambiente ocupacional em  virtude  das  características  de  algumas  modalidades encontradas nas academias. Objetivo: O presente estudo tem por objetivo verificar as condições de trabalho e saúde dos profissionais atuantes nesses estabelecimentos.  Metodologia:  Trata-se  de  um  estudo  descritivo, observacional, de corte transversal contemplando todos os profissionais de Educação Física atuantes em academias de atividade física da cidade de Pelotas-RS. A coleta de dados será realizada através de questionário pré-testado e codificado, contendo questões referentes à parte demográfica e socioeconômica (sexo, idade, cor de pele, situação conjugal e perfil socioeconômico); comportamentais e nutricional (tabagismo, ingestão de álcool, nível de atividade física nos diferentes domínios e índice de massa corporal); relacionadas ao trabalho (condições de trabalho através do perfil e atuação profissional) e relacionadas à saúde como sintomas musculoesqueléticos (utilização do Questionário Nórdico de Sintomas  musculoesqueléticos), problemas relacionados à voz (utilização do Questionário de Qualidade de Vida e Voz), transtornos psiquiátricos menores através do SRQ-20 e avaliação da autopercepção de saúde.
 

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