Resumo

Objetivo:
O objetivo deste estudo foi comparar a estimativa do percentual de gordura corporal através de técnicas de bioimpedância e dobras cutâneas e testar a consistência, com teste e reteste inter e intra-avaliador dos respectivos métodos.

Materiais e resultados:
Foram avaliados 15 indivíduos do sexo masculino de forma voluntária e assinando um termo de consentimento livre esclarecido podendo abandonar a pesquisa a qualquer momento. Foi garantido o anonimato de todos participantes de acordo com a Resolução nº. 196/96 do Conselho Nacional de Saúde sobre pesquisa com seres humanos. A composição corporal dos participantes foi obtida por dois avaliadores em duas diferentes situações. A medida das três dobras cutâneas foi realizada de acordo com o protocolo de Guedes, através de um compasso da marca Body Caliper® (Itália) com leitura de 0,5mm, balança com graduação de 100g com um estadiômetro acoplado com precisão de 1,0mm (R110, WELMY®) e fita antropométrica. Além disso, utilizou-se, também, um equipamento de impedância bioelétrica tetrapolar (BF-900, Maltron®) e maca de superfície isolante. Para análise estatística, além de serem calculados os erros técnicos de medica, foi utilizada uma análise de variância com medidas repetidas Post Hoc Tukey, adotando valor de significância p<0,05. Não houve diferença significativa entre os avaliadores em relação a cada uma das técnicas. Contudo a bioimpedância avaliou valores maiores de percentual de gordura. Em relação a dobra cutânea, apenas a dobra tricipital na variabilidade interavaliadores, apresentou valor aceitável.

Conclusão:
A bioimpedância estimou um percentual de gordura maior e o método de dobras se mostrou
com um maior erro de técnica entre os avaliadores, sendo recomendada uma avaliação
periódica do erro técnico de medida inter e intra-avaliadores para diminuir erros e melhorar a
qualidade das medidas.