Resumo

A preocupação com a saúde é o foco de discussão entre especialistas, motivada
especialmente por temas como as síndromes plurimetabólicas, que demonstra
crescimento e tem causado prejuízo na qualidade de vida de expressiva parcela da
população. Pesquisas realizadas em diversos países comprovam que o estilo de vida
passou a ser um dos mais importantes determinantes da saúde de indivíduos. A
presente pesquisa visou analisar o estado nutricional e o consumo de alimentar, com
destaque para a freqüência de ingestão de alimentos detentores de propriedades
funcionais e o nível de atividade física de grupo de estudantes de graduação e pósgraduação, docentes e funcionários não docentes de uma das unidades da
Universidade de São Paulo. Os instrumentos adotados para coleta de dados foram,
o IPAQ versão longa, questionário de freqüência alimentar e recordatório de 24h.
Os formulários foram disponibilizados eletronicamente via web e a participação foi
voluntária. Os dados foram analisados utilizando o programa SAS - Statistical Analysis
System, e para a análise do recordatório alimentar de 24h utilizou-se o programa
Virtual Nutry.A amostra foi composta por 69% e 31% de homens e mulheres,
respectivamente. Foi adotado o Índice de Massa Corporal - IMC para a análise do
estado nutricional e observou-se que 31% das pessoas estão com sobrepeso e 65%
são classificados como normais. Este índice foi obtido a partir de medidas
antropométricas auto-referidas (peso e altura) dos participantes. Em relação ao nível
de atividade física 45% dos indivíduos foram classificados como ativos e 8% como
sedentários. Observa-se que 75% dos indivíduos classificados como ativos também
apresentam IMC adequado. No tocante à adequação da participação dos
macronutrientes no Valor Energético Total - VET, a maioria (52%) teve a dieta
classificada como adequada. Apenas 4% dos entrevistados informaram que
consomem, eventualmente, suplementos alimentares. Entre os alimentos citados, a
bebida (34%) é um dos mais importantes fornecedores de propriedades funcionais.
Os participantes do gênero feminino revelaram maior consumo de alimentos
classificados como "funcionais". Infere-se portanto, que estariam beneficiando-se
dos efeitos protetores de forma mais expressiva que os indivíduos do gênero
masculino. Os resultados constituem subsídios importantes para a elaboração de
intervenções que possam promover estilos de vida mais saudáveis.

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