Resumo

As linguagens artísticas culturais no lazer ocupam cada vez mais espaço nas programações e eventos das instituições promotoras. Apresentam ao público novas formas de olhar as artes e a realidade. A contação de história se configurou como um modo antigo de se transmitir conhecimentos, modos, tradições, curas, medos, relato das venturas e desventuras de um povo, inserido num tempo e lugar. Sendo assim, essa transmissão – passagem que foi espontânea – hoje é proposta de maneira a recuperar o espaço e tempo de roda em volta de alguém que faz das histórias um exercício de aproximação dos autores clássicos de nosso tempo, de povos remotos e contos populares. Com essa perspectiva, foram realizados nos sábados de janeiro, com o tema Diversidade Cultural e Cultural Popular, às 13h, o contador foi convidado pela equipe, discutiram o processo e as histórias juntos, para que ao final de cada encontro acontecesse uma oficina em que pais e filhos, a família interagisse, construíssem personagens com materiais como linhas,cordas, restos de tecidos, EVAs e papéis, renovando essa tradição. Como o objetivo foi se aproximar das histórias e reunir as diferentes faixas etárias, notou-se essa aproximação, o envolvimento e o trabalho cooperativo, de forma a dividir os materiais e a reciprocidade nas conversas sobre as histórias. Como Huizinga (1996) assinalou, o Homo Ludens necessita dos momentos de simbolismo e admiração, de atividade na contemplação e no exercício do belo. Caillois (1990) ressalta a capacidade do homem se projetar e sentir-se nas histórias, simular, numa busca de se divertir, contemplando a categoria lúdica da representação, do jogo simbólico, do imaginário.
 

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