Resumo

O esporte tem sido tratado como proposta educacional por projetos socioeducativos que comumente lhe atribuem poderes como “o esporte tira das ruas!” e “ensina a viver em grupo!”. Neste estudo discute-se o tratamento pedagógico do esporte por meio de pesquisa etnográfica realizada em projeto socioeducativo na “favela” de Heliópolis, abordando mais especificadamente o desejo dos jovens pelo aprofundamento no aprendizado da modalidade e as consequências da continuidade oferecida durante três anos de atividades. Como resultado destaca-se a oposição à ideia de que “para crianças pobres qualquer coisa basta”, demonstrando que, independentemente dos objetivos gerais de um projeto socioeducacional, ensinar esporte de forma a buscar aperfeiçoamento constante na modalidade escolhida pode desencadear aprendizados importantes para a formação do jovem.

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