Resumo

Os clubes de futebol operários em Porto Alegre, na primeira metade do século XX, são o objeto deste trabalho. Procura-se aqui identificar relações de dominação e resistência manifestas, através de uma forma específica de organização e de um espaço determinado de sociabilidade, durante o tempo livre destes trabalhadores, buscando compreender o futebol como campo de disputa entre operários e industriais, fora das fábricas, como espaço para formação de laços de solidariedade e identidade ou de subordinação e disciplinamento. Tratase de uma tensão permanente entre industriais, igreja, Estado e operários, pelo controle do espaço e das relações extra-fabris, no qual esse discurso é apropriado e re-significado pelos operários como forma de organização, acesso ao tempo livre e construção de laços de identidade e solidariedade, ao mesmo tempo em que contribui para a popularização deste esporte

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