Resumo

Além de constituir o patrimônio histórico da humanidade enquanto conhecimento da Cultura Corporal, a dança é uma linguagem social que compartilha ideias, elementos de cultura e história, e possibilita a tematização cultural de diferentes origens e etnias, oportunizando resgates de produção cultural humana além de evidenciar identidades. Por isso deve ser tratada na escola a partir de práticas intencionadas que colaborem para a organização do estudante com relação ao corpo, às ações, ao espaço e à dinâmica. A pesquisa é qualitativa de base etnometodológica do tipo relato de experiência de aulas de dança em turmas regulares do ensino fundamental que abarcavam alunos autistas. Eles foram o foco dos registros que foram realizados em diário de campo através de observação participante sistemática, numa escola pública federal em Recife/PE e posteriormente feita análise de conteúdo. Inferimos que as vivências e apropriação da dança pode colaborar para auto-organização do estudante autista. Além disso, o trabalho regional, fortalece a identidade social do sujeito junto ao grupo, gerando uma inclusão. Concluímos que as aulas oportunizaram reflexões significativas da identidade social dos estudantes a partir da experimentação da dança numa perspectiva de cultura local e ciclo de escolarização estudantil, promovendo inclusão através de arte e música.