Resumo

Objetivo: Analisar o nível de escolaridade de atletas juniores de futebol nos últimos anos e discutir os possíveis reflexos da dupla carreira. Métodos: Foi realizada uma análise dos dados coletados nos anos de 2010, 2013 e 2015, na Copa São Paulo de Futebol Júnior. Resultados: Encontrou-se que os atletas formados no ensino médio aumentaram, partindo de 44,5% em 2010 para 67,39% em 2015, bem como que já surgem alguns no ensino superior, mas que devido ao modo como ocorre a estruturação da dupla carreira, é difícil ter alguma certeza quanto a qualidade e aproveitamento dos estudos. Conclusão: o número de atletas que finalizaram o ensino médio aumentou, trazendo sinais de esperança na busca por uma formação mais completa dos jovens, potencializando inclusive a chance de sucesso fora da modalidade para os que não chegam ao esporte profissional, mas que a qualidade destes estudos pode ser contestável, necessitando de maiores discussões neste contexto.

Referências

Landry GL. Benefícios da prática esportiva. In: Sullivan JA, Anderson, SJ (Org.). Cuidados com o jovem atleta: enfoque interdisciplinar na iniciação e no treinamento esportivo. Barueri: Manole, 2004. p 1-8.

Lanaro Filho P, Böhme MTS. Detecção, seleção e promoção de talentos esportivos em ginástica rítmica desportiva: Um estudo de revisão. Rev. paul. Educ. Fís 2001; 15(2):154-168.

Melo LBS, Soares AJG, Rocha HP. Perfil educacional de atletas em formação no futebol. Rev Bras Educ Fís Esporte 2014; 28(4): 617-628.

Damo AS. Do dom à profissão: uma etnografia do futebol de espetáculo a partir da formação de jogadores no Brasil e na França. [Tese de Doutorado – Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social]. Porto Alegre (RS): Universidade Federal do Rio Grande do Sul; 2005.

Souza CAM, Vaz AF, Bartholo TL, Soares AJG. Difícil reconversão: futebol, projeto e destino em meninos brasileiros. Horiz. Antropol 2008; 14(30):85-111.

Soares AJG, Melo LBS, Costa FR, Bartholo TL, Bento JO. Jogadores de futebol no Brasil: mercado, formação de atletas e escola. Rev. Bras. Ciênc. Esporte 2011; 33(4): 905-921.

Rocha HPA, Bartholo TL, Melo LBS, Soares AJG. Jovens Esportistas: profissionalização no futebol e a formação na escola. Motriz: rev. educ. fis. 2011; 17(2): 252-263.

Melo LBS. Formação e escolarização de jogadores de futebol no Estado do Rio de Janeiro. [Dissertação - Mestrado em Educação Física] Rio de Janeiro (RJ): Universidade Gama Filho; 2010.

Szeremeta TP, Conde JHS, Figueiredo AJB, Gonçalves CEB, Cavichiolli FR. A formação de jovens futebolistas além das quatro linhas: uma análise sob a ótica dos técnicos de Brasil e Portugal. Pensar Prát 2017; 20(1): 112-124.

Grossmann B, Lames M. From Talent to Professional Football – Youthism in German Football. Int J Sports Sci Coach 2015; 10(6): 1103-1113.

Comin FS, Santos MA. Avaliação das emoções: considerações sobre o conceito de bem-estar subjetivo e sua utilização na ciência psicológica. In: Bartholomeu D, Montiel JM (Org.). Atualização em avaliação e tratamento das emoções. São Paulo: Vetor, 2013. 21-40.

Wiethaeuper D, Balbinotti MAA. Regulação das emoções. In: Bartholomeu D, Montiel JM (Org.). Atualização em avaliação e tratamento das emoções. São Paulo: Vetor, 2013. 485-496.

Gregório KM, Silva T. Iniciação esportiva X especialização esportiva precoce: quando iniciar estas práticas? Horizontes 2014; 3(2): 49-65.

Gomes AR. A iniciação e formação desportiva e o desenvolvimento psicológico de crianças e jovens. In: Machado AA, Gomes AR (Org.). Psicologia do esporte: da escola à competição. Jundiaí: Fontoura, 2011. 19-48

Bagni G, Machado AA, Barbosa CG, Verzani RH, Morão KG. Estratégias de enfrentamento de problemas em jovens atletas: um estudo através do EMEP. Coleç. Pesqui. Educ. Fís. 2013; 12(2): 63-70.

Verzani RH, Morão KG, Bagni G, Barbosa CG, Machado AA. Coping e o esporte universitário. Motriz: rev. educ. fis. 2015; 21(2 Suppl 1): s17-s18.

Acessar