Resumo


Objetivo: Nosso objetivo foi desenvolver e validar testes para avaliação da velocidade e agilidade de jogadores de voleibol sentado. Método: A criação foi baseada nas características da modalidade (deslocamento sentado com três apoios e utilização dos braços e do quadril). A investigação teve três fases de análise: a) avaliação por experts; b) objetividade e reprodutibilidade teste-reteste (sete dias); e c) validade discriminante. Fase 1: cinco experts assistiram a vídeos de jogadores executando os testes e responderam um formulário baseado em escala
Likert de cinco pontos. Fase 2: seis jogadores experientes executaram os testes e foram avaliados por três pesquisadores independentes, em um intervalo de sete dias. Fase 3: os atletas foram comparados a seis congêneres destreinados. Para objetividade foi usado o teste de Wilcoxon. Quanto à reprodutibilidade, optamos
pelo coeficiente de correlação intraclasse. Para a validade discriminante, consideramos o teste U-Mann Whitney. Observaram-se níveis excelentes de validade de conteúdo (ICV: 0,96). Resultados: Os três avaliadores apresentaram objetividade satisfatória para a velocidade (avaliador A: 4,20s; avaliador B: 3,96s; avaliador C: 3,98s; p=0,301) e para agilidade (avaliador A: 14,41s; avaliador B: 13,24; avaliador C: 13,52; p=0,134). A reprodutibilidade foi considerada excelente para a velocidade (CCI: 0,96; p<0.001) e agilidade (CCI: 0,79; p=0,052). Ao compararmos com um grupo destreinado, os jogadores apresentaram melhores resultados para a velocidade (3,72s contra 5,89s; p=0,002) e agilidade (12,78s contra 15,74s; p=0,002). Conclusão: Concluímos
que os testes são válidos e sensíveis para controle, acompanhamento e avaliação de atletas da modalidade, sendo uma ferramenta viável para aplicação prática do treinamento esportivo. Palavras-chave: Pessoas com deficiência, esporte, treinamento esportivo.

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