Resumo

A composição corporal pode diferenciar os seres humanos em relação à sua saúde e ao seu desempenho físico, pois a distribuição de gordura corporal é um importante preditor de morbidade e mortalidade (Gustat, 2000). Este trabalho, portanto, teve por objetivo desenvolver e validar equações de regressão nacionais para estimar a porcentagem de gordura em militares da Escola de Educação Física do Exército. Participaram deste estudo 20 militares do Curso de Instrutor da Escola de Educação Física do Exército/2005, com idade (ID) de 27,44 ± 3,00 anos, massa corporal total (MCT) de 74,88 ± 9,23kg, estatura (EST) de 179,28 ± 7,63cm, porcentagem de gordura (% G) de 11,38 ± 4,81 e densidade corporal (DENS) de 1,072985552 ± 0,0111. Foram realizadas as medidas antropométricas de dobras e perímetros, além da idade (ID), da estatura (EST) e da massa corporal total (MCT). A DENS foi medida por meio da Pesagem Hidrostática (PH) e a % G calculada pela equação de Siri (1961). Todas as medidas foram realizadas de acordo com a padronização da Sociedade Internacional para o Avanço da Cineantropometria (ISAK, 2001). Os testes estatísticos foram realizados utilizando-se o pacote estatístico SPSS 10.0, compatível com o Microsoft Windows. A tentativa de validação foi realizada, neste estudo, com as equações de Guedes (1985), com uma dobra, e Petroski (1996), com duas dobras e com duas dobras e duas circunferências. A escolha destas três equações baseou-se no critério de simplicidade. Para a validação das equações, a DENS medida (PH) e a estimada (Equações) foram analisadas utilizando-se a Correlação de Pearson (r) (p£0.05), o teste “t” de Student pareado (P£0.05), o Erro Padrão da Estimativa (EPE), o Erro Constante (EC) e o Erro Técnico (ET), atendendo às recomendações de Lohman (1992). A validação das equações propostas foi realizada por meio da Análise Diagnóstica dos Resíduos, segundo Zar (1999) - homocedasticidade e normalidade. Os resultados da validação mostram que nenhuma das equações propostas alcançou os critérios estipulados por Lohman (1992), portanto, as equações de Guedes (1985) e Petroski (1996) não devem ser utilizadas para estimar a Densidade Corporal de alunos do Curso de Instrutor da ESEFEx . Em contrapartida, as equações desenvolvidas, utilizando as mesmas variáveis das outras equações, apresentaram excelentes resultados, ou seja, apresentaram excelente correlação múltipla (r) e baixo EPE, como preconizado por Lohman (1992). A análise diagnóstica apresentou normalidade na distribuição dos resíduos, homocedasticidade, ou seja, homogeneidade de covariância entre os resíduos e as variáveis da equação e ausência de colinearidade entre as variáveis independentes Zar (1999). Palavras-chave: Composição Corporal, Equação de Predição, Pesagem Hidrostática.

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