Editora Seara Nova. Portugal 1976. 187 páginas.

Sobre

Na economia global do século XXI, a qualificação científica e profissional da força de trabalho (man-made comparative advantage) produz um efeito mobilizador , nas empresas e na sociedade. Só que a civilização do consumo pelo consumo, do crescimento pelo crescimento, da competição pela competição, incapaz de uma síntese entre a liberdade e a igualdade (os socialistas dizem potenciar a igualdade, os neoliberais inculcam pujança na liberdade) – reduziu o homo sapiens a homo oeconomicus e é lamentável a marginalização que grassa, mesmo entre os licenciados, mestres e doutores de países da Europa Ocidental, para descrédito da própria democracia. Se o ser humano não passa de coisa ou de simples objecto ao serviço do lucro, não surpreende o desemprego e o subemprego, onde se implantou  um desenvolvimento sustentável, baseado no aumento da produtividade. Por outro lado, a concepção de Homem como ser essencialmente egoísta e egocêntrico, determinado, como besta selvagem, por estímulos de castigo ou recompensa, revivesce as velhas definições de Homem (homo homini lupus) e de Sociedade (bellum omnium contra omnes) e dá lugar ao surgimento de minorias dominantes e de um Estado como executor e zelador  dos interesses do Big Business. Maurice Allais, Prémio Nobel da Economia em 1988, alerta-nos para o facto de vivermos sob o “livre-cambismo mundialista” mais conhecido por “globalização” confeccionada pela Administração dos Estados Unidos. Tal como analisa Bernard Perret: “Não se pode negligenciar que a lógica do capital coincide, em larga medida com os interesses e as estratégias da nação norteamericana” (Bernard Perret, Les nouvelles frontières de l’argent, Le Seuil, Paris, p. 117)

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