Resumo

Tem sido sugerido que a participação do metabolismo anaeróbio alático (MAA) pode ser estimada a partir do cálculo da fase rápida do excesso do consumo de oxigênio após o exercício (EPOCRÁPIDO). Considerando que o Déficit Máximo Acumulado de Oxigênio (MAOD) representa a quantidade total de energia transferida pelos metabolismos anaeróbios, o objetivo desse estudo foi analisar se o método de subtrair o EPOCRÁPIDO do MAOD (MAODLA-1) proporciona uma estimativa satisfatória do metabolismo anaeróbio lático (MAL). Para esse fim, o MAODLA-1 foi comparado ao método capaz de expressar em equivalente de oxigênio a energia oriunda do acúmulo de lactato no sangue (MAODLA-2). Nove homens adultos ativos foram submetidos a quarto sessões experimentais: 1) um teste progressivo até a exaustão em um cicloergômetro para a mensuração do consumo máximo de oxigênio (VO2max) e da potência externa correspondente ao O2max (WVO2max); 2 e 3) seis testes de cargas constantes (3 testes por sessão) com intensidades abaixo da WVO2max; 4) um teste de carga constante com a intensidade equivalente a 110% da WVO2max. O principal achado foi que os dois métodos (MAODLA-1 e MAODLA-2) empregados na estimativa da contribuição do MAL no MAOD geraram valores estatisticamente similares (p > 0,05). Além disso, os valores percentuais do MAODLA-1 (representando o MAL) e do EPOCRÁPIDO (representando o MAA) foram de aproximadamente 78% e 22%, respectivamente. Logo, os procedimentos propostos na presente investigação podem auxiliar futuros trabalhos que porventura objetivem fragmentar as contribuições dos componentes anaeróbio do MAOD.


 

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