Resumo

Dentre os fundamentos do voleibol, o ataque mostra-se como responsável pelo maior número de pontos, sendo que o ataque de primeiro tempo se relaciona com a maior ocorrência do ponto, por dificultar a ação defensiva do adversário. Contudo, a maior parte desses estudos apresentam resultados generalizados, não especificando as condições situacionais e os constrangimentos especificadores de cada zona de ataque. Assim, o presente estudo tem por objetivo analisar o jogo no complexo I praticado pelo atacante central da Superliga Brasileira de Voleibol Masculina 2014/2015. Compõem a amostra 12 equipes, sendo observados 142 jogos, totalizando 5350 ações de recepção, levantamento e ataque. Para a análise exploratória recorreu-se à estatística descritiva e para a associação entre as variáveis recorreu-se ao teste do Qui-Quadrado. Os resultados apontaram que os ataques ocorreram, em sua maioria, após recepções A e B, sendo o ponto de ataque mais recorrente, bem como os ataques potentes. Além disso, observou-se a relação entre o efeito da recepção e o tipo de levantamento com tipo de ataque, bem como relação do tipo de levantamento com o efeito do ataque. Assim, conclui-se que o jogo praticado pelo atacante central se mostrou eficiente para a conquista do ponto, uma vez que diminuiu as chances de defesa do adversário, devido a redução do tempo para a organização defensiva. Por fim, verificou-se que as restrições situacionais delimitaram a ação do jogador central, sugerindo que futuras pesquisas busquem restringir as situações de análise e os constrangimentos situacionais de cada situação específica de jogo.

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