Resumo


Objetivo: comparar as características nutricionais do estilo de vida de escolares residentes em zona rural e urbana, associando com o excesso de peso. Método: Foi utilizado o as questões do componente Nutrição do questionário Pentáculo do Bem-estar de Barros e Nahas (2003) e avaliado o IMC. Participaram do estudo 257 crianças e adolescentes, com idades entre 7 a 17 anos, estudantes de escolas localizadas na zona rural e urbana de Santa Cruz do Sul. Resultados: A prevalência de excesso de peso foi maior na zona urbana (30,1%), em comparação com a zona rural (25,8%). Com relação aos hábitos alimentares, escolares da zona rural apresentaram maior consumo de frutas e hortaliças do que escolares da zona urbana (p=0,001), em que apenas 4,0% dos que residem na zona rural afirmaram nunca consumir, enquanto na zona urbana este percentual foi de 18,8%. Já no que se refere a preocupação em evitar ingerir alimentos gordurosos ou doces, se observa maior percentual de escolares da zona urbana (30,8%) que quase sempre ou sempre evitam ingerir este tipo de alimento, enquanto entre os escolares da zona rural, este percentual é de 13,7% (p=0,002). O hábito de realizar de 4 a 5 refeições diárias, incluindo café da manhã, não apresentou diferença entre as zonas, bem como não se observou diferença, em ambas as zonas, para a associação entre as faixas de IMC e os hábitos alimentares. Conclusão: Em geral, não se observou, na amostra estudada, associação entre os hábitos alimentares e o excesso de peso. Ocorreu maior prevalência de sobrepeso e obesidade na zona urbana, um maior consumo de frutas e hortaliças por escolares da zona rural e uma maior preocupação de escolares da zona urbana em evitar o consumo de alimentos gordurosos e doces.
 

Acessar Arquivo