Resumo

A Hipertensão arterial (HA) afeta milhões de pessoas em todo o mundo, sendo que no Brasil atinge cerca de 20% da população urbana adulta, chegando a 65% nos indivíduos idosos. Ainda que este indivíduo tenha sua pressão arterial (PA) dentro da faixa dita de normalidade, é interessante notar que existe uma correlação positiva entre os níveis de PA de um indivíduo e a incidência de doenças cardiovasculares, renais e mortalidade. Dessa forma, acredita-se que detecções precoces da elevação da PA, e a interação desta condição com outros tantos fatores de risco genéticos pode ser muito importante no futuro para o manejo clínico de um paciente. Diversos estudos familiares vêm demonstrando a agregação familiar da HA, tanto entre irmãos, quanto entre pais e filhos. Trabalhos demonstraram que jovens normotensos, filhos de hipertensos, apresentam aumento da PA, dos níveis séricos de catecolaminas, redução da resposta barorreflexa, e anormalidades metabólicas e endócrinas quando comparados a jovens filhos de normotensos. Baseado nos estudos da literatura pode-se sugerir que pesquisas envolvendo jovens normotensos com história familiar positiva de hipertensão são modelos muito atrativos para detecção de modificações precoces e possíveis marcadores biológicos de HA. Entretanto, até o presente momento, poucos são os estudos sobre anormalidades nas respostas cardiovasculares à situação de estresse e/ou sobrecarga fisiológica, como o exercício físico, em descendentes de hipertensos. Nesta revisão serão abordadas as alterações fisiológicas observadas em indivíduos jovens com história familiar positiva de HA, bem como serão discutidas os possíveis efeitos benéficos do exercício físico nesta população.

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