Resumo

O esporte se caracteriza historicamente como um dos territórios de maior expressão e conservação cultural da redução do ser humano à condição de matéria biológica com a finalidade de transformá-lo em um objeto da técnica a fim de melhorar seu rendimento. Por tal motivo, talvez o esporte seja a prática na qual mais se utiliza a metáfora do corpo como máquina. Neste sentido, o presente ensaio tem como objetivo interpelar a relação do corpo considerado biológico com o surgimento do corpo pensado como máquina, apresentando de modo sintético algumas transformações científicas que pautaram esquemas de percepções e ação que possibilitaram as metáforas do corpo com o maquínico. Busca, também, discutir sobre as transformações dessa relação do corpo-máquina por meio das tecnologias de vida contemporânea que permitem deslocamentos em sua compreensão biológica e ontológica, além de referir os efeitos dessas tecnologias nas manifestações esportivas e em atletas de alto rendimento.

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