Resumo

Introdução: Entendendo que as práticas corporais e esportivas são constituidoras não
apenas da vida cotidiana de um país mas de referências identitárias de sua cultura,
torna-se extremamente importante o papel desempenhado pelos museus esportivos
e centros de memória e documentação, na medida em que sua intervenção política
objetiva preservar e transmitir informações oriundas de suas coleções às novas
gerações, por entender que ali se alojam conhecimentos de grande significação
social. São, portanto, lugares da memória que devem disponibilizar informações
específicas a quem por elas se interessar. O Centro de Memória do Esporte foi
implantado em dezembro de 1996, na Escola de Educação Física da Universidade
Federal do Rio Grande do Sul, com o objetivo de reconstruir, preservar e divulgar a
memória do esporte, da educação física, do lazer e da dança no Brasil. Material e
Métodos: O CEME desenvolve pesquisas históricas, exposições, mostras de
fotografias, oficinas temáticas, palestras entre outras atividades. Seu acervo apresenta
por volta de 4000 livros sobre educação física, lazer, dança e esporte publicados
antes de 1960; 100 vídeos e filmes; Mais de 3000 fotografias; Inúmeros artefatos
como vestuários, medalhas, troféus, painéis, cartazes, distintivos, bandeiras, enfim
uma lista imensa de peças, várias delas raras. Estes materiais estão agrupados nas
seguintes coleções: Olímpica; Dança; recreação e Lazer; Educação Física; Universíade
1963 e CBCE. Sua documentação histórica é divulgada através de diversas formas:
via computador, livros, exposições, mostras fotográficas, palestras, oficinas, cursos e
resultados de pesquisa. Resultados: Tomando a informação como um fator essencial
para o desenvolvimento das sociedades modernas e como uma força a impulsionar
o conhecimento humano e técnico-científico, o CEME tem pautado sua
intervenção fundamentado na política de que a aquisição, o intercâmbio e a
transferência de informações são fundamentais para o reconhecimento da identidade
cultural de uma Nação. Conclusões: um centro de memória ou museu não é um
espaço onde se depositam velhas imagens, idéias, objetos e palavras. Ao contrário,
nele reúnem-se vivas experiências que ajudam a entender o presente não no sentido
de justificá-lo mas de buscar várias possíveis respostas aos vários questionamentos
que hoje podemos empreender. Afinal, a memória não nos aprisiona ao passado
mas nos conduz à indagar o presente.

Acessar Arquivo