Resumo

O estudo teve como objetivo analisar a associação entre doenças e condições crônicas de saúde, multimorbidade e índice de massa corporal (IMC) em idosos do sul do Brasil. Estudo epidemiológico transversal, de base domiciliar. Foram entrevistados 477 pessoas, sendo 343 de 60 a 79 anos (amostragem probabilística) e todos aqueles com 80 anos ou mais (n=134). A hipertensão, diabetes, câncer, doença crônica pulmonar, doença coronariana, doença vascular cerebral, artrite, osteoporose, depressão, o histórico de quedas e dependência nas atividades da vida diária foram avaliados por meio de autorrelato. As associações entre as variáveis independentes e o IMC (desfecho) foram testadas por meio de regressão linear simples e múltipla. Participaram da pesquisa 270 mulheres (73,2±8,8 anos) e 207 homens (73,3±9,0 anos). Após ajuste (idade, escolaridade, arranjo familiar, tabagismo, consumo de álcool, circunferência da cintura, estado cognitivo e todas as doenças e condições crônicas de saúde) as associações identificadas foram: hipertensão e maiores valores de IMC (β 3,43; IC95%: 2,38 a 4,48), para as mulheres e; doença crônica pulmonar e menores valores de IMC (β -2,05; IC95%: -3,50 a -0,60). Houve tendência linear entre o número de doenças e condições crônicas de saúde e o IMC, para ambos os sexos. Os resultados mostraram associação independente entre doenças crônicas específicas e IMC. O monitoramento do estado nutricional da população idosa é importante para identificar valores extremos de IMC, especialmente naqueles com mais de duas doenças e condições crônicas de saúde. 

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