Resumo

Atravessamos um momento decisivo para a consolidação da Gestão do Esporte como área de conhecimento relevante  para  o  adequado  desenvolvimento  do  esporte  no  Brasil.  O  velho  modelo  de  gestão  baseado  no  associativismo  e,  principalmente, no voluntariado, vem dando sinais de que, sem o incremento de práticas modernas, eficazes e inovativas  de gestão, não será suficiente para elevar o esporte nacional aos patamares desejados, seja em termos técnico-esportivos,  seja em termos de negócios.  Os estudos e pesquisas que conseguem transformar seus experimentos em modelos efetivamente replicáveis tem papel  importante neste processo de fornecer insumos para que as  entidades de administração e prática como um todo possam  elevar os níveis de qualidade de suas gestões contribuindo, em última análise, para a melhora do setor como um todo.   Este número da Revista de Gestão e Negócios do Esporte apresenta oito artigos que, absolutamente, caminham nesta  direção.  O primeiro artigo procura apresentar e discutir um conceito relativamente novo  -  a prática de cocriação de valor –  refletindo sobre sua adoção no contexto dos eventos esportivos.  O  segundo artigo  tem como foco o Campeonato Brasileiro de  Futebol,  buscando  verificar relações existentes entre  receita com bilheteria, novas arenas, taxa de ocupação e ticket médio obtido pelas equipes participantes da Série A.  O terceiro artigo promove nova reflexão qualitativa sobre o legado dos megaeventos esportivos realizados no Brasil,  porém desta vez, exclusivamente, sob a ponto de vista de gestores públicos a frente de Secretarias de Esporte.  O quarto artigo tem como foco as competições escolares, o que, por si só, torna-o muito relevante, por abordar uma  área tão carente de estudos no Brasil. O foco está na identificação dos principais fatores que motivam os consumidores a  comparecer em eventos desta natureza.  O  quinto  artigo  aborda  o  tema  geomarketing  esportivo,  promovendo  uma  interessante  reflexão,  por  meio  da  comparação  de  duas  Ligas  de  Basquetebol  Sul-Americanas,  sobre  os  possíveis  fatores  que  influem  na  definição  da  localização geográfica de cada clube presente nas Ligas.  O sexto artigo traz uma excepcional análise da real pertinência e adequação dos modelos existentes para avaliação de  eficácia  organizacional  no  esporte.  Em  um  momento  em  que  a  eficácia  da  gestão  no  esporte  é  o  assunto  em  pauta,  as  reflexões presentes neste artigo são indispensáveis.  O sétimo artigo faz uma análise cuidadosa e aprofundada dos impactos produzidos por uma estratégia de comunicação  digital de um clube de rugby brasileiro, refletindo sobre a eficácia desta ferramenta como instrumento de relacionamento  com os torcedores no esporte.  Finalmente, o oitavo e último artigo é, na realidade, um ensaio sobre a Gestão do Esporte que, de forma contundente  e assertiva, promove ótimas reflexões sobre o presente e o futuro desta área no Brasil pós megaeventos

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