Resumo

Este artigo analisa o modelo de educação sanitária formulado no interior da ampla campanha de regeneração física, intelectual e moral a que se lançou o Instituto de Hygiene de São Paulo, instituição criada em 1918, em cooperação com a Junta Internacional de Saúde da Fundação Rockefeller. Busca compreender as representações sobre a infância e as práticas por meio das quais os médicos-higienistas paulistas procuraram intervir sobre os corpos e as mentes das crianças. Para tanto, toma como fontes documentos produzidos no âmbito do Departamento de Higiene Escolar do Instituto, conferindo especial atenção àqueles que permitem apreender o papel atribuído à escola primária na obra de disciplinamento e conformação da infância aos imperativos da racionalidade higiênica.