Editora Appris. Brasil 2016. 127 páginas.

Sobre

Grandes mudanças político-institucionais foram Pedro Humberto Faria Campos ocasionadas pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, que traz a educação física como componente curricular obrigatório da educação básica, integrada à proposta pedagógica da escola. Desde então, surgiram outras propostas educacionais, constituindo paradigmas e norteando reflexões quanto a novas estratégias de ensino. Mesmo assim, diversos obstáculos ainda se apresentam para que a educação física cumpra o plano legal ou se legitime por essas práticas, assumindo uma dimensão educacional mais ampla de interfaces com diferentes campos de saberes. Os autores mostram-nos que as possibilidades metodológicas

oferecidas pela abordagem estrutural da teoria das representações sociais vêm proporcionando grande contribuição para a compreensão da identidade docente quando desvenda a referência do pensamento e da prática consensuais. Por meio de opiniões e percepções do professor, bem como de seus comportamentos e suas relações com os outros e consigo mesmo, podemos enxergar aqui a presença de um discurso normativo e institucional que não corresponde à prática cotidiana. O livro traz a discussão de como as teorias pedagógicas se desenvolvem em um confuso campo conceitual produzindo distanciamento entre a produção teórica e o acesso a

esse conhecimento pelos profissionais atuantes nas muitas escolas espalhadas pelo país.

O que mais atrai neste texto são a ousadia e a proposta de mudanças por meio da absorção dos elementos indicativos das novas abordagens, tornando possível atingir os elementos

periféricos das representações que, no caso deste estudo, envolvem os princípios relacionados às abordagens críticas.

Andreas Benevides

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