Resumo

O objetivo do presente estudo foi verificar o efeito do treinamento físico obrigatório aplicado pela corporação de bombeiros no nível de aptidão física e composição corporal de bombeiros recém-admitidos. Quarenta e seis bombeiros recém-admitidos, do gênero masculino (23,9 ± 2,9 anos), foram avaliados em relação à capacidade aeróbia (teste de 12 minutos de Cooper), potência anaeróbia (Running-based anaerobic sprint test – RAST), antropometria (massa corporal, estatura e circunferência abdominal) e composição corporal (percentual de gordura) pré e pós um programa de treinamento obrigatório de 27 semanas, sob a orientação do comando dos bombeiros. A normalidade de distribuição dos dados foi verificada pelo teste de Shapiro-Wilk, e as variáveis comparadas nos dois momentos de avaliação pelo teste t de Student para amostras pareadas, além disso, foram verificadas as diferenças percentuais e tamanho de efeito nas variáveis pré e pós-treinamento; o nível de significância adotado foi de P < 0,05. Os principais resultados mostraram que houve diminuição (P < 0,001) do índice de massa corporal, da circunferência abdominal e do percentual de gordura; aumento (P < 0,001) de 18% do consumo máximo de oxigênio predito (pré: 48,8 ± 4,6 ml•kg•min-1; pós: 57,3 ± 3,8 ml•kg•min-1) e diminuição (P < 0,05) da potência anaeróbia máxima (pré: 523,3 ± 181,8 W; pós: 448,7 ± 140,3W) e potência anaeróbia média (pré: 412,6 ± 121,7W; pós: 344,7 ± 66,7W). Assim, apesar do treinamento ter melhorado aspectos relacionados à composição corporal e aptidão aeróbia, não se mostrou efetivo na melhora da potência anaeróbia, não garantindo um nível ótimo de aptidão física para a realização das tarefas relacionadas à profissão de bombeiro.

Acessar