Resumo

O objetivo desta dissertação de mestrado foi verificar os efeitos agudos dos métodos de alongamento estático (AE) e facilitador neuromuscular proprioceptivo (FNP) sobre a força muscular isométrica e respostas cardiovasculares em adultos treinados. Em dois estudos originais, compararam-se os efeitos de dois métodos de alongamento (AE e FNP), sobre a força muscular isométrica e sobre respostas de frequência cardíaca (FC), pressão arterial sistólica (PAS), pressão arterial diastólica (PAD) e saturação de oxigênio (SpO2). No primeiro estudo, 11 homens jovens com experiência prévia em treinamento de força realizaram três testes com intervalo de 48h entre a aplicação dos mesmos, selecionados aleatoriamente, nos quais cada sujeito executou todos os procedimentos, em rodízio: a) teste de preensão manual sem alongamento (SA); b) teste de preensão manual precedido por alongamento estático dos músculos flexores de punho; c) teste de preensão manual precedido por FNP dos músculos flexores de punho. Conforme os resultados, entre os protocolos SA e AE, foram encontradas diferenças significativas na produção de força isométrica (p<0,05). Entre SA e FNP, também foram encontradas diferenças significativas (p<0,001). Todavia, diferenças significativas não foram observadas entre AE e FNP (p>0,05). No segundo estudo, 12 mulheres atletas foram randomicamente divididas em três situações: 2 situações experimentais (AE e FNP) e 1 de controle (SC). Os sujeitos realizaram todas as situações, a saber: AE (2 séries, 30 seg. para o peitoral e bíceps cada com 15 seg. de intervalo entre as séries); FNP (2 séries, 30 seg. para peitoral e bíceps cada com 6 seg. de contração isométrica e 15 seg. de intervalo entre as séries); e SC (repouso). Dez min. antes e após as atividades experimentais e de controle, os sujeitos tiveram FC, PAS, PAD e SpO2 mensuradas. Os resultados não demonstraram diferença significativa para FC, PAS e PAD (p<0,05) intra ou inter situações. Entretanto, os valores de SpO2 (pré vs. pós-exercício) foram significativamente (p<0,001) menores após o alongamento na situação AE e FNP, exceto na SC. Adicionalmente, as comparações entre situações demonstraram diferenças significativas quando comparados ambos os exercícios de alongamento vs. a situação controle (p<0,05). Conclui-se que o alongamento de forma aguda, prejudica a produção de força e reduz o aporte de oxigênio muscular em sujeitos treinados, portanto não deve ser recomendado previamente aos esforços físicos principais.

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