Resumo

Introdução: A Incontinência Urinária (IU) é definida como qualquer queixa de perda involuntária de urina. A relação entre a prática de atividades física/exercício resistido e a IU é indefinida e bidirecional. Objetivo geral: Analisar a frequência e gravidade da perda urinária, segundo o nível de atividade física habitual e, o efeito agudo do exercício resistido em diferentes intensidades (moderada e vigorosa) sobre a perda urinária de mulheres idosas com incontinência urinária. Este estudo é composto por dois Capítulos/Artigos. O Capítulo/Artigo 1 tem como objetivo verificar e comparar o nível de atividade física habitual com a frequência e a gravidade da perda urinária em idosas. O Capítulo/Artigo 2 tem como objetivo verificar o efeito agudo do exercício resistido em diferentes intensidades (moderada e vigorosa) sobre a perda urinária de mulheres idosas com incontinência urinária. Métodos: No artigo 1 participaram do estudo 19 idosas com IU de esforço ou mista. Foram coletados dados referentes a frequência e gravidade da IU por meio do ICIQ-SF e sobre o nível de atividade ísica habitual por meio do acelerômetro triaxial GT3-X marca ActiGrafh. Utilizou-se estatística descritiva (média, desvio padrão, frequência e porcentagem) e inferencial (U de Mann-Whitney ou ANOVA unifatorial com post hoc de Bonferroni). No artigo 2 participaram do estudo experimental 15 idosas com incontinência urinária de esforço e mista. Todas foram submetidas a duas sessões experimentais com intensidade de 12RM (moderada) e 6RM (vigorosa) para verificar a perda urinária. A perda urinária durante as sessões foi verificada por meio do Pad test e o ponto de corte adotado para definir como perda urinária durante o exercício foi dois gramas. Todas as participantes realizaram ambos os protocolos e um delineamento cross-over foi utilizado para definir a ordem das sessões. Para verificar as diferenças do Pad test entre as intensidades de 12RM e 6RM foi utilizado o teste de Wilcoxon. Resultados: No artigo 1 as idosas com perdas urinárias mais frequentes apresentaram menor nível de atividade física habitual (F= 6,050; p= 0,011). No artigo 2 não houve diferença significativa (p=0,727) entre as médias do Pad test e as intensidades dos exercícios resistidos nas idosas com IU. Conclusão: A frequência e gravidade da perda urinária interfere no nível de atividade física habitual de mulheres idosas com IU, destacando a importância de intervenções com programas de atividades físicas.Em relação ao exercício resistido com diferentes intensidades as mulheres não perdem urina na realização deste, considerando-o benéfico para idosas com IU.


GIOVANA ZARPELLON MAZO,

JANEISA FRANCK VIRTUOSO ,
FERNANDO LUIZ CARDOSO ,
ANDRE LUIZ DEMANTOVA GURJAO


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